terça-feira, 16 de novembro de 2010

A Florett custom

Dentro da explosão que todos estamos a viver pelo interesse nas motorizadas da segunda metade do século passado, está claramente a haver uma outra que é a das motorizadas personalizadas, ou custom, para empregar a gíria das motos grandes personalizadas. Quantas e quantas não o foram, sobretudo nos anos 70 e 80, sobretudo quando o motocross, e depois o enduro, estavam na moda? A primeira coisa que normalmente se fazia era ou tirar ou cortar os guarda-lamas, e uma parte ou o todo do guarda correntes, e aí por diante. Pois hoje em dia, a moda das personalizações está de volta, mas com requinte. Sobretudo no Algarve e no Alentejo, mas não só, tem-se assistido a bons restauros que são acompanhados por personalizações com bom gosto e cáras, sobretudo a nível de pinturas, bancos, e peças cromadas. As bases normalmente são SIS Sachs, Macal, Casal ou Famel, mas esta, que foi vista na última Feira de Clássicos de Guimarães, é diferente. A começar por ser do norte, onde o gosto pelas personalizações modernas ainda quase não chegou. Mas, mais interessante que isso ainda, é que a base é uma Florett, uma máquina onde, eu pelo menos, ainda não tinha visto nenhuma personalização moderna. Para os florettistas "puros", poderá parecer uma desvirtualização do estado original das suas "senhoras", e é, mas confesso que gosto. O restauro está muito bem feito, tudo, ou quase tudo, está como o original, e o que não está - a pintura, o estofo do banco, e a óptica - foi feito com harmonia e bom gosto. Numa V5, aquele amarelo pálido da pintura e do banco nunca combinaria com a moto mas numa respeitável Florett, faz lembrar uma côr que a fábrica se esqueceu no armário. Mas para que não fiquem dúvidas que se trata de uma personalização, o autor fez questão de deixar uma marca indiscutível, as ópticas minimalistas tipo Yamaha DT50. Genial!

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